quinta-feira, 19 de abril de 2007

Quando foi?

É estranho como acabamos por nos esquecer da primeira vez de (quase) tudo. Ah, lá estou lá eu a divagar. Relativamente ao hip hop tuga, diria que comecei a ouvir há uns seis anos (por volta de 2001). Falo do hip hop tuga, porque o hip hop em geral foi quando andava na escola primária, houve aquela primeira onda do Eminem. A esse, só lhe agradeço a divulgação (é uma das poucas vantagens de estar na moda), porque tenho muitas mais razões para o insultar. Acho que o grande ídolo do rap, aquele que realmente me marcou, foi o Gabriel o Pensador, com o seu EP, que tenho um original cá em casa, cortesia do meu pai. Também foi da cortesia do meu pai o original da colectânea Rapública, mas na altura ela não me despertou curiosidade (também não sabia o que simbolizava). Para vos dar um exemplo dos efeitos do “Gabriel, o Pensador”, lembro-me que com apenas 11 anos escrevi um poema baseado na música “Retrato de Um Playboy (Juventude Perdida)”, com um título ligeiramente diferente (calma, não comecem a chamar-me fake) mas sem qualquer semelhança no conteúdo (claro está, muito pior).

Nessa primeira fase, acreditem ou não, não me lembro de outros rappers que ouvisse, para além de Eminem (e Dr. Dre e companhia, obviamente) e o grande Gabriel (talvez mais alguns americanos). No quarto ano descobri o hip hop tuga. A primeira imagem que tenho (mas que pode ser enganadora) é a de estar a ouvir uma cópia do EP dos Guardiões de Subsolo (a quem agradeço). Quanto ao resto já falei aqui: Sam The Kid, Mind Da Gap, Boss AC, Da Weasel, etc. O que importa relatar é que continuo a gostar da música deles (e de outros que entretanto descobri).

O facto de ter começado a ouvir hip hop na escola primária (quem ler isto até pensa que vivo num ghetto) fez-me ter um conhecimento do hip hop português que não poderia nunca obter de outra forma. Consigo ver pelos fóruns da Internet sobre hip hop que esta moda (“falsa moda”) foi fulcral para arranjar novos adeptos (basta ver o número de pessoas que começaram a ouvir desde à três anos para cá). Nunca poderão saber como era o hip hop antes desta mais recente onda, assim como eu nunca poderei saber como era a old school aqui, já que estava virado para outras nacionalidades na altura (para além de ser um iniciado). Com tudo isto, lamento ainda não me ter envolvido (mas não perco a esperança) em alguma crew ou grupo de pessoas que realmente gostassem de hip hop (sempre achei que isso era difícil em Braga, apesar de nestes últimos meses se ter provado que estava enganado).

Façam agora esta pergunta a vocês mesmos e comentem aqui no blog quando foi e, já agora, como foi a primeira vez que estabeleceram contacto com esta cultura, seja através do rap, breakdance, graffiti ou qualquer outra vertente.

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